
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não está apenas lutando por sua liberdade — está também determinada a defender o mandato conquistado nas urnas por quase 1 milhão de brasileiros. Enquanto enfrenta uma guerra jurídica e midiática, a parlamentar segue firme na tentativa de manter o mandato que o povo lhe conferiu democraticamente.
Nesta terça-feira (2), sua defesa foi apresentada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O documento foi protocolado pelo advogado Fabio Pagnozzi, que não poupou críticas à forma como o processo contra Zambelli vem sendo conduzido. A denúncia é grave: segundo ele, não foi concedido acesso ao conteúdo digital que serve de base para a acusação.
Em outras palavras, Carla Zambelli estaria sendo julgada às escuras, sem ter direito de conhecer integralmente os elementos usados contra ela. Um verdadeiro ataque ao devido processo legal e ao direito de defesa — pilares fundamentais de qualquer democracia. Essa situação evidencia o cenário preocupante em que opositores ao governo atual enfrentam restrições e arbitrariedades.
A defesa também pediu formalmente uma acareação com o hacker Walter Delgatti, figura central da narrativa criada contra a deputada. Fabio Pagnozzi foi direto: classificou Delgatti como um “mentiroso contumaz”. A estratégia busca confrontar, frente a frente, a versão do delator com os esclarecimentos da parlamentar, que sempre negou envolvimento em qualquer ato ilícito.
Sobre a volta de Zambelli ao Brasil, o advogado não deu datas específicas. Mas deixou claro que a prioridade no momento é garantir segurança jurídica para que ela possa exercer seu direito de defesa sem perseguições ou decisões já definidas. A expectativa agora recai sobre a postura da CCJ e dos deputados que irão analisar o caso com isenção — ou não.