
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela anunciar que deixou o Brasil. Além disso, Moraes ordenou o bloqueio das redes sociais de Zambelli, de sua mãe, Rita Zambelli, e de seu filho, João Zambelli, sob a justificativa de “cessar a ameaça de lesão a direito e garantir a aplicação da lei penal”.
Na decisão, Moraes estipulou o prazo de duas horas para que todas as plataformas digitais procedam o bloqueio dos perfis, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, e forneçam os dados cadastrais e a integral preservação do conteúdo. Entre as plataformas estão: GETTR, Meta, LinkedIn, TikTok, X, Telegram e YouTube.
Zambelli classificou a decisão de Moraes como um “abuso”, “perseguição” e “escalada autoritária”, afirmando que denunciará “em todos os fóruns internacionais possíveis”. Ela criticou o bloqueio das redes sociais de seu filho, de 17 anos, e de sua mãe, pré-candidata a deputada federal, considerando um ataque à sua família.
A deputada foi condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pela suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol e a suspensão de seu passaporte, além do sequestro de bens e contas bancárias.
Moraes justificou a prisão preventiva como necessária para impedir a continuidade das condutas criminosas pelas quais Zambelli foi condenada e para garantir a aplicação da lei, diante de sua fuga e declarações de que manteria as atividades ilícitas.
A medida gerou críticas de parlamentares e juristas, que apontam abuso de autoridade e violação de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar.