
Como uma bactéria que se espalha sem controle, a Lei Magnitsky norte-americana avança em suas ramificações, alcançando cada vez mais alvos e provocando uma verdadeira metástase política e jurídica. Atingidos pela legislação veem seu patrimônio ameaçado, obrigados a refazer orçamentos e reduzir despesas antes intocáveis para conseguir encerrar suas vidas com algum conforto.
O que poderia ter sido uma carreira brilhante e inesquecível agora ficará marcado pela história de outra forma, manchada pelas sanções e pela expansão das medidas a familiares — esposas, filhos e empresas ligadas. Enquanto isso, auxiliares, juízes de apoio e assessores começam a se afastar, numa debandada silenciosa. O temor é de que a proximidade com os novos “leprosos magnifistiados” seja suficiente para comprometer reputações e carreiras inteiras.
Na CPMI do INSS, o clima é de revolta e indignação. Investigados agem com desfaçatez, amparados por sucessivos habeas corpus concedidos pelo STF, o que gera ainda mais desconfiança. Fica evidente a existência de uma teia obscura, aproveitando-se da minoria para blindar interesses inconfessáveis. Parlamentares apontam que, mesmo com provas robustas, a chance de punição plena é mínima e os culpados podem simplesmente se dissipar como fumaça.
Enquanto isso, os resultados obtidos pela Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras representam um verdadeiro peso contra o governo federal, freando ações e gerando pressão inédita. Mas, em paralelo, no campo econômico, o país segue refém de esquemas espúrios que apenas adiam o inevitável: uma explosão inflacionária prevista para 2026. Essa contenção artificial busca apenas atravessar as eleições de 2025, mantendo aparência de estabilidade.
O cenário para 2026 é descrito como sombrio. Haverá crises em todos os setores, do campo jurídico ao econômico. A população, já sacrificada pelos efeitos da corrupção e da má gestão, corre o risco de arcar novamente com a conta de desvios bilionários, sem receber ressarcimento integral do que foi roubado. A perspectiva é de um ano extremamente difícil, marcado por turbulência política, desconfiança institucional e deterioração econômica.
Jornal da cidade