
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira as alegações finais no processo que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A denúncia, tratada por muitos como puramente política, sugere uma pena de até 43 anos de prisão, somando os cinco crimes apontados no inquérito.
Entre as acusações estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao crime e violação de sigilo funcional. Trata-se de um pacote penal que, segundo especialistas conservadores, beira o absurdo, dada a falta de provas concretas e o evidente viés ideológico presente no processo.
A estratégia da PGR tem sido sustentar a narrativa de um “golpe” baseado em suposições, ilações e em documentos que não foram assinados, nem colocados em prática. Para muitos, é mais um capítulo do cerco político-judicial contra Bolsonaro, orquestrado com apoio de setores que querem eliminá-lo da disputa eleitoral de 2026.
Apesar da pressão institucional, Bolsonaro segue firme, com apoio popular e respaldo internacional. A recente reação do governo dos Estados Unidos, que impôs sanções ao Brasil por causa dos ataques contra ele e contra a liberdade de expressão, reforça que o mundo está atento ao abuso judicial em curso no país.
O julgamento de Bolsonaro é visto por analistas independentes como uma tentativa de criminalizar a oposição, numa democracia que já apresenta sinais de fragilidade. Se condenado, o ex-presidente pode ser transformado em mártir de uma causa que só cresce — e isso terá consequências imprevisíveis para o sistema político brasileiro.