A chef Bela Gil voltou recentemente de uma viagem a Cuba e resolveu compartilhar sua visão sobre o país. Em entrevista ao videocast Acessíveis, do UOL, ela falou sobre segurança, pobreza e acolhimento. A fala repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões. Para muitos, suas declarações soaram fora da realidade.
Segundo Bela, mesmo diante da fome e da falta de recursos, o povo cubano mantém a dignidade.
Ela destacou que é possível caminhar pelas ruas com segurança, mesmo sendo mulher e estando sozinha. Para ela, isso demonstra que o país, apesar de pobre, ainda preserva valores humanos importantes. “É pobre, mas não é miserável”, afirmou.
A fala chamou atenção pelo tom romantizado diante de um regime que oprime e limita a liberdade do seu povo. Enquanto muitos fogem da ilha em busca de condições mínimas de vida, Bela Gil parece ter enxergado um paraíso alternativo. A crítica principal recai sobre o distanciamento entre sua percepção e a dura realidade enfrentada pelos cubanos.
Faltam alimentos, remédios e até energia em boa parte do país. A população vive sob censura e vigilância, mas nada disso foi mencionado pela chef. Ao enaltecer um lugar onde o povo passa necessidade extrema, a fala de Bela Gil gerou revolta entre exilados e críticos do regime castrista. Para muitos, ela ignorou a dor do povo.
As redes sociais reagiram rápido. Internautas apontaram que a filha de Gilberto Gil parece desconhecer a gravidade da crise humanitária em Cuba. “Romantizar a fome é fácil quando se tem o prato cheio em casa”, escreveu um seguidor. A declaração, embora embalada em boas intenções, acabou virando alvo de indignação pública.