A recente matéria da revista britânica The Economist, que expôs críticas ao ministro Alexandre de Moraes, teve repercussão mundial e provocou reações imediatas. Em meio à pressão, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, resolveu sair em defesa do colega. Ele alegou que o Brasil viveu tentativas reais de golpe, atos de terrorismo e até planos de assassinato. Segundo Barroso, as instituições foram ameaçadas e Moraes agiu com firmeza.

A narrativa apresentada, no entanto, soou exagerada e desconectada da realidade para muitos analistas. Barroso chegou a citar um suposto plano para matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o próprio Moraes.

A fala acabou sendo comparada com outras declarações polêmicas do ministro, como o famoso “Perdeu, mané”. O tom da nota beirou o surreal, reforçando a sensação de que o STF tenta blindar um dos seus.

O Brasil, ao contrário do que diz Barroso, não está vivendo uma democracia plena. O clima de medo, censura e perseguição é visível. O Judiciário tem ultrapassado suas funções, avançando sobre liberdades individuais e censurando até vozes da imprensa. A sociedade sente isso na pele, com decisões autoritárias que não encontram paralelo em países democráticos.

Um dos exemplos mais simbólicos é o caso do jornalista perseguido por Moraes, que tentou obter sua extradição da Espanha. Após a recusa do governo espanhol, Moraes teria reagido soltando um conhecido traficante internacional. A discrepância nas decisões levanta dúvidas sobre os reais critérios usados dentro da Corte. Justiça seletiva não combina com democracia.

Mesmo com todos esses fatos, Barroso divulgou uma longa nota tentando justificar a atuação do Supremo. No texto, ele diz que as medidas tomadas foram legais e amparadas pelo devido processo. Menciona ainda a pesquisa Datafolha para alegar que a maioria da população confia na Corte. Mas omite que grande parte das críticas vem justamente da percepção de abuso de poder.

Barroso também tentou amenizar a suspensão do Twitter (hoje X), alegando que a empresa foi punida por não ter representação no Brasil. A versão contrasta com o que foi observado na prática: censura a perfis, remoção de conteúdos e multas milionárias. A liberdade de expressão, tão essencial numa democracia, parece ser tratada como um incômodo por membros do Judiciário.

O ministro ainda negou que o STF tenha atuado contra Bolsonaro, dizendo que “foram os eleitores” que o derrotaram. Porém, a interferência da Corte no processo eleitoral de 2022 é um dos pontos mais questionados por juristas e pela população. A perseguição a opositores e a imposição de narrativa única deixam claro que há uma crise institucional instalada.

Por fim, a defesa que Barroso faz de Moraes revela mais do que uma tentativa de proteger um colega: escancara a arrogância de quem se sente intocável. A tentativa de impor uma visão distorcida da realidade à comunidade internacional não convence nem mesmo os brasileiros. O Supremo virou o centro da instabilidade política do país — e isso está claro para o mundo.

By Jornal da Direita Online

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