Barroso nega excessos e elogia Moraes em meio a escândalos!

Questionado sobre as crescentes críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, voltou a negar que o tribunal esteja ultrapassando seus limites constitucionais. Tentando minimizar as acusações de ativismo judicial, Barroso preferiu exaltar a atuação do ministro Alexandre de Moraes, defendendo que ele teria agido com “coragem” e enfrentado grandes desafios pessoais.

Segundo Barroso, Moraes teria “desempenhado bem o papel”, mesmo sob ameaças à sua família. O presidente do STF afirmou que o colega “paga os preços” por sua atuação e que suas decisões têm o apoio “expressivamente majoritário” da Corte. Repetindo a linha de blindagem interna, Barroso disse ainda que sua análise sobre a condução dos processos por Moraes é “extremamente positiva” e que eventuais discordâncias seriam tratadas diretamente entre eles.

Na semana passada, Barroso também reagiu publicamente ao artigo da revista britânica The Economist, que fez duras críticas ao Supremo, especialmente a Moraes. Em uma nota oficial, o presidente do STF atacou a publicação, alegando que o texto refletia “a perspectiva de quem tentou o golpe de Estado”. Barroso, mais uma vez, se recusou a reconhecer qualquer abuso, preferindo vender a imagem de uma “democracia plena” no Brasil.

A resposta de Barroso, no entanto, foi vista como uma tentativa desesperada de preservar a imagem da Corte em meio a críticas que ganham dimensão internacional. Ignorando as acusações de autoritarismo e censura, o presidente do STF optou por reafirmar uma narrativa de normalidade institucional que está cada vez mais distante da realidade vivida por milhões de brasileiros.

Em sua nota, Barroso ainda negou ter afirmado que o STF “derrotou Bolsonaro”. Segundo ele, a declaração correta teria sido que o Supremo “derrotou o bolsonarismo”, tentando suavizar a repercussão de uma fala que escancarou o viés político da Corte. A tentativa de correção, porém, pouco adiantou para apagar a percepção de parcialidade que já se consolidou na opinião pública.