
Os presidentes Lula da Silva e Donald Trump têm uma reunião bilateral marcada para o próximo domingo (26/10) em Kuala Lumpur, capital da Malásia, durante a 47ª Cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático). O encontro, confirmado por fontes diplomáticas, promete ser tenso e estratégico, já que acontece em meio ao pior momento das relações entre os dois países desde o retorno de Lula ao poder.
A reunião teria sido decidida às pressas, após um despacho de Lula no Palácio da Alvorada, no último domingo (19/10). Fontes próximas afirmam que o petista busca “baixar a temperatura” com Washington, diante do endurecimento da postura americana em relação ao regime de Nicolás Maduro e à atuação da CIA na Venezuela — temas que deixaram o governo brasileiro em situação delicada.
Será a segunda conversa direta entre os dois líderes em menos de um mês. O primeiro contato ocorreu em 6 de outubro, por telefone, seguido de um breve cumprimento durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Desde então, as sanções impostas pelos EUA ao Brasil e a postura ambígua do Planalto sobre a Venezuela aumentaram o desgaste diplomático.
Logo após a última reunião, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, publicou uma mensagem interpretada como um recado direto a Lula:
“Esta é outra GRANDE vitória para o Presidente Donald Trump.
Graças à sua liderança, os Estados Unidos impediram um aumento massivo de impostos da ONU sobre os consumidores americanos, que teria financiado projetos climáticos progressistas. Nosso país continuará liderando o caminho e colocando os Estados Unidos em PRIMEIRO LUGAR.”
A fala de Rubio deixou claro que Trump não pretende ceder ao discurso globalista defendido por Lula e seus aliados. Analistas avaliam que o encontro na Malásia será um teste de fogo para o governo petista, que tenta manter aparência de diálogo, mas teme ser confrontado publicamente sobre relações com ditaduras e escândalos de corrupção internacional.