O ministro Luiz Fux sinalizou a pessoas próximas que não solicitará vista no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, recurso que poderia atrasar a análise da ação penal no Supremo Tribunal Federal. A decisão de não alongar o processo surpreendeu parte da base aliada, que esperava um adiamento estratégico. Apesar disso, fontes afirmam que Fux pretende divergir de Alexandre de Moraes, relator do caso. A posição pode alterar a correlação de votos dentro da Primeira Turma do STF.

Segundo informações de bastidores, Fux deve questionar a interpretação de que a reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, na qual ele atacou o sistema eletrônico de votação, teria ligação direta com os atos de 8 de janeiro de 2023. Essa possível divergência pode reduzir o peso do voto de Moraes e abrir espaço para maior debate jurídico. Com isso, a análise do processo pode ganhar novos contornos dentro da Corte. A expectativa agora é sobre a extensão da divergência.

O julgamento envolve o chamado “Núcleo 1 da ação penal”, que abarca Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. As sessões foram convocadas para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, tanto no período da manhã quanto à tarde. A agenda intensa mostra a prioridade do Supremo para concluir o caso. O relator Alexandre de Moraes já havia enfatizado que não recuaria “um milímetro sequer” diante das acusações.

Para aliados de Bolsonaro, a decisão de Fux de não pedir vista pode ser negativa, já que inviabiliza a postergação do julgamento para além de 2026, ano eleitoral. No entanto, a divergência prometida traz um alívio parcial, visto que abre espaço para um resultado menos alinhado com o relator. Essa movimentação amplia a tensão política e jurídica em torno do processo. O desfecho terá impacto direto no cenário eleitoral e no futuro da direita no Brasil.

A posição de Fux demonstra a complexidade interna do STF, que pode se fragmentar diante de um julgamento de forte repercussão nacional. Embora não atrase o andamento, a divergência tem potencial de influenciar votos de outros ministros. O julgamento se torna assim um marco não apenas para Bolsonaro e seus aliados, mas também para o equilíbrio entre Judiciário, política e opinião pública.

By Jornal da Direita Online

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