
O jornalista brasileiro Paulo Figueiredo levou ao Congresso dos Estados Unidos uma grave denúncia contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Durante uma audiência promovida pela Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, em Washington, o tema central foi a chamada “repressão transnacional” — prática em que governos extrapolam suas fronteiras para perseguir opositores políticos no exterior. Figueiredo, que vive nos Estados Unidos, afirmou estar entre os alvos dessa perseguição promovida diretamente pelo Judiciário brasileiro.
Segundo o jornalista, as medidas autoritárias de Moraes estão impactando diretamente cidadãos que vivem fora do Brasil. Ele relatou que não são apenas brasileiros que sofrem com a escalada autoritária do STF, mas também cidadãos americanos e até empresários estrangeiros. Em sua fala, citou nominalmente Elon Musk, CEO da Tesla e da rede social X, e Chris Pavlovski, CEO da plataforma Rumble — ambos já atacados publicamente por Moraes por se recusarem a entregar dados de usuários brasileiros.
Paulo Figueiredo destacou que parlamentares, jornalistas e usuários comuns têm sido vítimas de bloqueios, censuras e perseguições simplesmente por expressarem opiniões contrárias ao atual regime judicial brasileiro. Ele apontou o uso abusivo da lista vermelha da Interpol e pressões indevidas sobre empresas de tecnologia com sede nos Estados Unidos como exemplos claros de agressão à soberania americana. “Isso é um ataque à liberdade, à democracia e à Constituição americana”, afirmou o jornalista diante de congressistas atentos.
O depoimento de Figueiredo chega em um momento de crescente desconforto internacional com a atuação do STF brasileiro, em especial do ministro Alexandre de Moraes. A denúncia formal em uma comissão do Congresso norte-americano eleva o caso a outro patamar, podendo gerar pressão diplomática e até mesmo ações legais baseadas na legislação dos EUA, como a Lei Magnitsky, já cogitada para punir abusos de autoridades estrangeiras que violem direitos humanos.
Ao colocar a perseguição política do Brasil no centro do debate em Washington, Figueiredo escancara o que grande parte da imprensa nacional tenta esconder: o Brasil está exportando censura e autoritarismo. E o recado dado por ele aos congressistas americanos foi claro — a liberdade de expressão está sob ataque e precisa ser defendida em todas as partes do mundo, inclusive nas democracias que fingem ser livres.