O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) protagonizou um dos momentos mais fortes da CPMI do INSS, nesta quinta-feira (13/11), ao reagir com firmeza à postura da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). A parlamentar extrapolou o tempo e voltou a insistir em sua ofensiva contra advogados que defendem presos do 8 de Janeiro, uma atitude amplamente criticada por sua natureza persecutória e politicamente alinhada ao governo federal. O clima no plenário azedou rapidamente diante da insistência da senadora em desviar o foco da investigação.
A discussão ocorreu durante a oitiva de Eric Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, preso mais cedo pela Polícia Federal. Enquanto a CPMI buscava esclarecer o gigantesco esquema que desviou bilhões da Previdência, Soraya tentou novamente transformar o colegiado em palco ideológico, ignorando o objetivo central da comissão: investigar o rombo bilionário contra aposentados e pensionistas. A conduta irritou parlamentares que cobram foco, transparência e seriedade nas apurações.
- Governo Lula gasta R$ 344 mil em evento de moda com Janja em Paris
- Moraes é relator do caso Tagliaferro, que investiga MORAES, Defesa pede afastamento de Moraes
- INSS: Conafer nega que presidente tenha fugido e diz que ele “viajou”
- Dilma Rousseff vai receber título de Doutora Honoris causa
- O duro recado: Trump foi mais “generoso” com Petro do que com Lula
Diante das provocações e do desvio reiterado do tema, Marcel Van Hattem não deixou barato. O deputado acusou Soraya de tentar blindar investigados e de agir para tumultuar a investigação. A frase dita por ele ecoou pelo plenário: “Ela vai ficar aqui para defender vagabundo ou investigar? Tá defendendo vagabundo e a gente está querendo investigar.” A declaração viralizou instantaneamente nas redes sociais, sendo amplamente celebrada por quem vê a CPMI como uma chance real de expor a corrupção instalada no INSS.
A reação de Marcel evidencia a crescente tensão entre parlamentares que querem avançar nas apurações e aqueles que, alinhados ao governo Lula, tentam abafar depoimentos e desviar o foco do escândalo. A CPMI já revelou indícios graves de propina, fraudes em massa e manipulação de benefícios, e a oposição tem cobrado transparência total — justamente o que irrita setores governistas. O episódio reforça o desgaste de Soraya, cada vez mais isolada, criticada e vista como aliada do sistema que tenta blindar corruptos.
Em meio ao maior escândalo previdenciário já registrado, o confronto expõe mais do que divergências políticas: revela o choque entre quem luta por accountability e quem tenta minimizar o prejuízo bilionário imposto aos brasileiros. Uma coisa é certa: a pressão cresce, o cerco aperta e a CPMI entra em fase decisiva — apesar das tentativas de alguns de silenciar, desfocar e proteger velhos aliados.