
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participou neste sábado (8) do jantar de abertura da 56ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (Conib), em São Paulo, e mais uma vez demonstrou firmeza ao defender o combate sem tréguas ao crime organizado.
Em um discurso enérgico, Castro fez um paralelo entre as facções criminosas e o terrorismo internacional, afirmando que o Estado não pode se curvar à criminalidade nem a decisões judiciais que favoreçam os que atentam contra a sociedade. “Não aceitaremos mais instituições narcoterroristas, e é isso que eles são. Não aceitaremos mais que o Judiciário e o governo central apoiem terroristas”, afirmou o governador, sob aplausos.
Castro destacou que sua gestão busca “um mundo mais seguro e mais fraterno, em que o direito de ir e vir esteja garantido para todos os cidadãos de bem”. Ele foi elogiado por aliados como Ronaldo Caiado (União-GO), que classificou a Operação Contenção, deflagrada no dia 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, como “um sucesso sem civis atingidos”.
A fala de Castro vem num momento em que o governador vem sendo atacado por setores da esquerda e até por membros do governo federal, incomodados com o sucesso da ação policial que desmantelou o núcleo do Comando Vermelho.
Durante o mesmo evento, governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Eduardo Leite (PSD-RS) também criticaram duramente o governo Lula (PT). As falas foram direcionadas à decisão do Planalto de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) — movimento que soou como um rompimento diplomático com Israel. “Vivemos tempos sombrios. Não faz sentido que a visão ideológica leve o país a abandonar algo criado para que ninguém esquecesse os horrores do passado”, declarou Tarcísio.
Em outro trecho, Cláudio Castro voltou a rebater ataques do ministro Guilherme Boulos (PSOL), que o acusou de “demagogia com sangue”. O governador, com ironia e tranquilidade, respondeu: “Quem? Esse aí é um paspalhão.” A reação repercutiu fortemente nas redes, reforçando a imagem de Castro como um líder firme contra o crime e os excessos da esquerda. Apesar da crescente projeção política, o governador afirmou que ainda avaliará seu futuro: “É preciso deixar esse processo decantar e entender o que realmente aconteceu com a avaliação do nosso governo.”
Castro também defendeu formalmente a legalidade da Operação Contenção junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à ação movida pela Defensoria Pública da União (DPU). No documento entregue ao ministro Alexandre de Moraes, o governador afirmou que a operação ocorreu “dentro dos parâmetros legais e constitucionais” e que o uso da força foi “proporcional diante da ameaça imposta pelo narcotráfico”.
Ainda assim, Moraes determinou medidas rigorosas de preservação das provas e documentação integral das perícias, sob o argumento de garantir “lisura processual”. A resposta do ministro reforça o clima de tensão entre o governo fluminense e o STF, que insiste em intervir nas ações de segurança estadual.
O episódio mostra que, enquanto Lula e seus ministros atacam a polícia e relativizam o crime, Cláudio Castro se consolida como uma das principais vozes da lei e da ordem no Brasil, colocando o Rio de Janeiro novamente na linha de frente do combate ao narcoterrorismo que ameaça o país.
