
O clima no Supremo Tribunal Federal voltou a ferver. O ministro Luiz Fux mostrou que não pretende recuar diante das provocações de Gilmar Mendes, e já deixou claro que está disposto a enfrentar o decano do STF com firmeza, ironia e inteligência. O novo integrante da Segunda Turma respondeu à altura às críticas feitas por Gilmar, que o chamou de “figura lamentável”.
Com classe e ironia refinada, Fux disparou:
“Agora ele [Gilmar Mendes] pode falar dos votos proferidos lá sem cometer infrações previstas na Lei Orgânica da Magistratura, como fez anteriormente.”
A frase, elegante e devastadora, foi interpretada como uma verdadeira lição pública de ética e decoro, lembrando a Gilmar que há limites até mesmo para um ministro do Supremo.
A declaração de Fux ocorreu após Gilmar condenar o voto divergente do colega no julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma, da qual o decano nem sequer faz parte. O comentário foi considerado uma intromissão indevida e desrespeitosa, algo que Fux não deixou passar em branco.
Nos bastidores, o embate é visto como o prenúncio de uma guerra interna no STF, onde egos inflados e divergências políticas tornaram-se o novo normal. A diferença é que, desta vez, Fux não pretende se curvar à retórica autoritária e arrogante que domina parte da Corte. Gilmar, por outro lado, já deixou claro que não recua de uma briga.
Essa disputa promete novos rounds e muitas faíscas, especialmente porque ambos carregam históricos opostos: Fux tenta resgatar a imagem institucional do tribunal, enquanto Gilmar segue mergulhado em polêmicas e declarações que desgastam ainda mais o prestígio da Suprema Corte.
