Segundo reportagem do Estadão, a proposta da LDO enviada pelo governo Lula ao Congresso escancara a real prioridade do petista: garantir sua permanência no poder. Por trás de números técnicos e projeções otimistas, o documento soa mais como um plano de reeleição do que um verdadeiro instrumento de responsabilidade fiscal. A estratégia do Planalto é clara: gastar agora, colher votos em 2026, e deixar a conta para o próximo governo — ou para o próprio Lula, caso consiga enganar o eleitorado mais uma vez.

Essa manobra já era visível desde o primeiro dia do terceiro mandato. O governo apostou pesado em programas de transferência de renda, subsídios e aumento de gastos públicos, mesmo com alertas de especialistas sobre os riscos fiscais. Internamente, o raciocínio é simples e oportunista: a deterioração das contas é aceitável se garantir apoio popular e consolidar a base eleitoral. No entanto, a realidade econômica não perdoa — e os números já mostram os sinais de colapso.

A proposta da LDO reconhece que o próximo presidente herdará um cenário caótico. O documento admite que, sem um aumento improvável de arrecadação, o Brasil continuará gastando mais do que arrecada. Ou seja, o rombo fiscal será inevitável, e o desequilíbrio das contas públicas tende a piorar. Essa bomba-relógio já foi armada e está em contagem regressiva, enquanto o governo faz promessas sem respaldo financeiro ou político para cumpri-las.

Além dos números inconsistentes, a proposta da LDO revela um distanciamento perigoso da realidade política. Lula projeta aumento de arrecadação sem apresentar um plano concreto para aprovar essas medidas no Congresso. Num cenário de fragmentação partidária e com um Congresso hostil à sua pauta, a expectativa de aprovação de novos tributos beira a fantasia. Ainda assim, o Planalto finge não ver o óbvio: o apoio à sua agenda está cada vez mais frágil.

Outro ponto crítico é o desgaste crescente da imagem de Lula. Apesar de ampliar programas sociais e tentar facilitar o crédito, a resposta da população tem sido morna. A estagnação da renda, a inflação e os juros altos continuam a sufocar o povo, enquanto o governo insiste em um discurso ultrapassado e pouco eficaz. A fadiga com o lulismo parece mais profunda do que os marqueteiros do Planalto imaginam — e a rejeição já começa a aparecer nas pesquisas.

Mesmo assim, Lula acredita que ainda pode vencer em 2026. A LDO deixa claro esse cálculo: sacrificar o equilíbrio fiscal de 2027 para tentar garantir votos agora. A oposição, embora crescente, ainda está desorganizada e sem uma liderança consolidada. O Planalto aposta nisso, enquanto o Brasil caminha para mais um ciclo de promessas populistas, endividamento crescente e irresponsabilidade fiscal. E, como sempre, quem vai pagar a conta é o povo.

By Jornal da Direita Online

Portal conservador que defende a verdade, a liberdade e os valores do povo brasileiro. Contra a censura, contra o comunismo e sempre do lado da direita.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *