
Durante uma audiência no Senado, o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) fez um alerta que caiu como bomba no setor do agronegócio: o Brasil é altamente dependente da importação de fertilizantes NPK — sigla que representa nitrogênio, fósforo e potássio. Segundo o parlamentar, o país importa cerca de 85% desses insumos, chegando a um índice alarmante de 95% no caso do potássio.
“Se o mundo quiser parar o Brasil, é só segurar a importação do NPK”, declarou Marinho, ressaltando a vulnerabilidade nacional em um cenário de disputas geopolíticas e possíveis sanções internacionais. Para o senador, essa dependência coloca em risco não apenas a produção agrícola, mas também a soberania nacional.
O discurso expõe a contradição de um país que se apresenta como potência agrícola, mas que se ajoelha diante de fornecedores estrangeiros para garantir sua alta produtividade no campo. Marinho criticou as lideranças nacionais que, segundo ele, vivem de bravatas ideológicas, enquanto o Brasil segue de cócoras, dependente de insumos externos essenciais.
A situação é ainda mais preocupante diante do atual contexto internacional. Em tom de advertência, o senador mencionou o risco de países como os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, adotarem medidas restritivas. “Imagina se Trump decide que quem vender fertilizantes para o Brasil será punido? O que será do nosso agronegócio?”, questionou.
O alerta de Marinho é um chamado para que o país busque alternativas internas e reduza a dependência que ameaça seu principal motor econômico. Enquanto isso não acontece, o agronegócio brasileiro segue exposto ao risco de um colapso estratégico, sujeito a decisões externas que podem comprometer o futuro da produção nacional.