
A mídia vem apostando que o sinal enviado por Donald Trump ao Brasil seria positivo principalmente para Lula, como se a pressão diplomática houvesse cedido diante do petista. Essa interpretação, porém, é criticada como tendenciosa e descolada da realidade dos atos concretos.
Na verdade, Trump não recuou nas tarifas aplicadas ao Brasil, nem nas sanções previstas pela Lei Magnitsky contra aliados do governo. A operação permanece ativa e com risco de escalonamento, o que demonstra que o cenário diplomático não cede facilmente.
O colunista alerta que, em política, há diferença entre o que políticos dizem e o que efetivamente fazem. Ele ensina que observadores atentos não devem basear-se nas palavras ou sinais midiáticos, mas sim nos atos e medidas que seguem — e revela que Lula, ainda que queira “parecer acordado”, sabe melhor do que ninguém como se posicionar.
Embora setores da imprensa anunciem que o encontro entre Lula e Trump terá efeito simbólico de reconciliação, a narrativa tende a ruir quando entrar em ação os fatos concretos: provisões econômicas, sanções, trocas diplomáticas e imposições estratégicas que exigem atitude, não pose.
Os sinais midiáticos podem iludir opiniões públicas pouco atentas. Para aliados de Lula, esse tipo de narrativa serve como escudo para possíveis deslizes futuros. Já para adversários, o recado é claro: o Brasil não pode se deixar enganar por aparências.