A crise política que envolve o Supremo Tribunal Federal ganhou novo contorno internacional. Segundo o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, integrantes da equipe de Donald Trump estão acompanhando de perto as revelações de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE, apresentadas à Comissão de Segurança Pública do Senado.
Nesta sexta-feira (5), um representante do governo americano confirmou ao portal que Washington está “ciente das alegações apresentadas por Eduardo Tagliaferro durante audiência pública no Senado brasileiro”. As denúncias têm potencial de colocar na mira dos EUA servidores que atuaram diretamente com Moraes no Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com as informações, sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, devem ser oficializadas nos próximos dias como complemento da Lei Magnitsky. Tagliaferro já havia revelado que entregou ao Departamento de Estado norte-americano documentos que, segundo ele, comprovam irregularidades praticadas pelo magistrado.
Além disso, o ex-assessor afirmou que trabalhará, junto com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para levar o caso à Europa e ampliar a pressão contra Moraes. Um encontro entre os dois deverá ocorrer na Itália, país onde Tagliaferro está residindo após pedir proteção internacional.
Em nota enviada ao Metrópoles, o gabinete de Alexandre de Moraes rebateu as acusações e garantiu que todas as ações foram feitas “de forma oficial, regular e devidamente documentada”, com ciência da Procuradoria-Geral da República. Mas, com os EUA já monitorando os desdobramentos, o cerco contra Moraes e seu entorno avança de maneira implacável.
Fonte: Metrópoles