
O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo que pode cassar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), prometeu apresentar um “parecer técnico” à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A declaração ocorre enquanto cresce a pressão política sobre o caso, impulsionada por adversários ideológicos da parlamentar conservadora.
Garcia afirmou que seu relatório será baseado “nos ditames da Constituição Federal”, o que pode indicar uma tentativa de se afastar do viés claramente político que tem contaminado o processo desde o início. A representação contra Zambelli foi articulada por partidos de esquerda, que há meses tentam calar vozes conservadoras no Congresso — especialmente as mais firmes contra o ativismo do Supremo Tribunal Federal.
O relator também confirmou que pretende se reunir com o presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), para definir os trâmites internos e os prazos regimentais. No entanto, essa conversa ainda não tem data marcada, e a previsão de leitura do relatório segue indefinida. A Câmara tende a operar em ritmo lento nas próximas semanas, devido às festas juninas, o que deve adiar ainda mais a movimentação sobre o caso.
O que chama atenção é o timing político: enquanto deputados de esquerda escapam ilesos de acusações graves — inclusive de envolvimento com entidades citadas no escândalo do INSS —, parlamentares conservadores são alvos de processos acelerados, muitas vezes baseados em interpretações questionáveis ou episódios antigos. A balança da Justiça parece, mais uma vez, pender para um lado.
A deputada Carla Zambelli é uma das parlamentares mais combativas da direita e tem sido alvo constante de tentativas de silenciamento, especialmente após seus embates contra abusos do Judiciário e a defesa firme da liberdade de expressão. A tentativa de cassação é vista, por muitos, como mais uma etapa do processo de perseguição política contra quem não se curva à hegemonia da esquerda em Brasília.