Novas informações do portal Metrópoles apontam que ministros do governo Lula já fazem cálculos políticos sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a publicação, a avaliação é de que o ministro Luiz Fux deverá divergir em parte do relator Alexandre de Moraes, mas sem pedir vistas, o que impediria o adiamento do processo.
Nos bastidores, auxiliares do governo acreditam que Fux não acompanhará integralmente o voto de Moraes, mas ainda assim votará pela condenação de Bolsonaro em pelo menos um dos cinco crimes que compõem o inquérito do chamado “golpe”. O governo petista trata o posicionamento de Fux como a “principal incógnita” do julgamento.
A movimentação revela que, mesmo antes da conclusão, o resultado já é tratado como certo nos círculos próximos a Lula, o que reforça a percepção de que o julgamento é político e não jurídico. A aposta da esquerda é que, ainda que Fux não concorde com toda a narrativa de Moraes, ele deverá selar a condenação do ex-presidente, reforçando a ideia de que o processo tem placar armado.
Esse cenário acende o alerta da oposição, que já denuncia que Bolsonaro está sendo condenado antes mesmo de ser julgado, em um processo que soma acusações frágeis, relatórios questionados e denúncias de manipulação de provas, como revelado recentemente pelo ex-assessor do TSE, Eduardo Tagliaferro.