
Entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), André Mendonça e Nunes Marques, a expectativa é de que Luiz Fux não utilize o recurso de pedido de vista durante o julgamento do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. A análise do caso começou nesta terça-feira (2/9), sob enorme pressão política e midiática.
Segundo interlocutores, a avaliação é de que Fux até deve divergir do relator, ministro Alexandre de Moraes, mas não ao ponto de atrasar a conclusão do processo. Ou seja, a tendência é que o julgamento caminhe para um desfecho rápido, sem tempo para novas articulações de defesa.
Para Mendonça e Nunes Marques, as chances de absolvição de Bolsonaro seriam praticamente nulas, já que a Corte parece atuar com um resultado pronto. O silêncio e a inércia dos dois ministros, ambos escolhidos por Bolsonaro, causam estranheza e aumentam a sensação de que há uma blindagem interna em favor de Moraes e da narrativa já estabelecida.
Ainda assim, há quem aponte uma última esperança: a atuação do chamado ministro “terrivelmente evangélico”, André Mendonça, que pode surpreender diante dos novos fatos explosivos revelados recentemente sobre irregularidades no processo. Para aliados, é hora de coragem e não de submissão, já que o futuro da democracia e da liberdade está em jogo.