Logo após o anúncio das novas sanções dos Estados Unidos contra familiares do ministro Alexandre de Moraes, ministros do STF entraram em contato com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertando que a medida de Washington poderia comprometer as negociações em andamento no Congresso. O recado surtiu efeito: Motta iniciou conversas com aliados para avaliar o adiamento da votação da Anistia, inicialmente prevista para os próximos dias.

O relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que até então se mostrava confiante na aprovação já nesta quarta-feira (24), mudou de tom e admitiu cautela. “Temos que pensar”, disse, ressaltando que conversará com os partidos para decidir os próximos passos. Nos bastidores, ministros do Supremo admitiram que qualquer disposição em aceitar flexibilizações nas penas do núcleo central dos condenados “se esfumaçou” após as retaliações de Trump.

A ofensiva norte-americana contra a família de Moraes foi vista como um golpe direto nas relações entre STF e Congresso, gerando um clima de desconfiança. Integrantes da Corte classificaram as sanções como um ato de “deslealdade”, sobretudo porque ocorrem no momento em que se buscava reduzir as tensões internas. Parlamentares do centrão já admitem que a votação pode ser adiada não só pelas medidas de Trump, mas também pelo impacto das manifestações de domingo (21).

Apesar da pressão, Hugo Motta ainda tenta articular uma saída que restrinja a proposta à redução das penas, descartando a anistia ampla. No entanto, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, líderes do centrão passaram a defender uma postura de espera, aguardando os próximos movimentos de Trump antes de avançar.

By Jornal da Direita Online

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