
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a protagonizar declarações polêmicas que soaram como traição dentro da direita. No último sábado (13), em Itu (SP), durante o Rocas Festival, Valdemar afirmou que houve um “planejamento de golpe” no Brasil, mas que isso não configuraria crime. Para ele, o que ocorreu em 8 de janeiro de 2023 foi apenas uma “bagunça” promovida por desordeiros com pedaços de pau.
As falas repercutiram mal e, nesta segunda-feira (15), Valdemar tentou se retratar, negando que tivesse existido qualquer planejamento de golpe. A reviravolta foi vista como uma tentativa de abafar o estrago. Nos bastidores, aliados de Jair Bolsonaro enxergam nas declarações do dirigente do PL sinais de um acordo com o Centrão, preparando terreno para uma candidatura de Tarcísio de Freitas em 2026, deixando o ex-presidente e sua família cada vez mais isolados.
O desconforto aumentou depois que Valdemar também defendeu que a condenação absurda de 27 anos de prisão contra Bolsonaro seja “respeitada”. A fala foi recebida como um verdadeiro tapa no rosto da militância. O jornalista Paulo Figueiredo, em seu perfil no X, reagiu com dureza: “Como eu sempre digo: não estamos nesta m**** de dar gosto à toa”.
Entre bolsonaristas, cresce a percepção de que Valdemar Costa Neto estaria preparando uma “virada de casaca”, em mais um movimento típico de caciques do velho Centrão. Enquanto isso, a base segue firme em torno de Bolsonaro e não aceita qualquer narrativa que enfraqueça a resistência contra os abusos do STF e a perseguição política.
