A magistrada exilada Ludmila Lins Grilo fez uma denúncia gravíssima em suas redes sociais, revelando possíveis abusos cometidos pela Polícia Federal sob ordens do ministro Alexandre de Moraes. Segundo Ludmila, a jornalista Elisa Robson, também exilada nos Estados Unidos e conhecida por ter sido a única repórter a entrevistar o ex-general venezuelano Hugo Carvajal, teria relatado um episódio alarmante ocorrido no Brasil.
De acordo com a juíza, pessoas próximas à jornalista foram levadas à força até a sede da Polícia Federal em Brasília, onde foram submetidas a um interrogatório exaustivo sobre as investigações conduzidas por Elisa sobre Carvajal — delator do cartel de narcotráfico ligado ao regime de Nicolás Maduro. Ainda segundo o relato, os agentes federais insistiram em saber o endereço de Elisa nos EUA e, em um dos casos, uma das testemunhas teria sido torturada, ficando mais de oito horas detida e sem acesso à água.
Ludmila Grilo questionou o motivo do Supremo Tribunal Federal estar tão interessado nas informações de uma repórter que investigava um narcotraficante condenado e sancionado pelo governo dos Estados Unidos. A denúncia expõe uma possível interferência ilegal da cúpula do Judiciário brasileiro em uma investigação que envolve diretamente o cartel venezuelano e o financiamento político de líderes de esquerda na América Latina.
O episódio reforça o clima de abuso de autoridade e censura que vem se consolidando no Brasil, especialmente contra jornalistas e vozes críticas ao sistema. “Que interesse o STF teria no caso do narcotraficante Hugo Carvajal, que justifique tamanha truculência?”, questionou Ludmila. A resposta, por enquanto, segue envolta em silêncio — e medo.