As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista Hamas, anunciaram nesta segunda-feira (13) a libertação de 20 reféns mantidos em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro de 2023. A ação faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, mediado pelo governo do presidente Donald Trump, que busca interromper o conflito e garantir o resgate dos sequestrados.
Em comunicado, o grupo afirmou que “as Brigadas Al-Qassam e a resistência na Faixa de Gaza libertam 20 prisioneiros detidos pela resistência, como parte das medidas para implementar a primeira fase do plano de Trump para deter a guerra na Faixa de Gaza”. Segundo o Hamas, a libertação confirma o compromisso com o cumprimento do acordo internacional estabelecido sob supervisão dos Estados Unidos.
Os sete primeiros reféns vivos cruzaram a fronteira por volta das 3h30 da madrugada (horário de Brasília), escoltados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). Os resgatados — Eitan Mor, Alon Ohel, Ziv Berman, Gali Berman, Guy Gilboa Dalal, Omri Miran e Matan Angrest — foram encaminhados à base militar de Reim, onde receberam atendimento médico e reencontraram suas famílias. Posteriormente, foram levados a hospitais na região de Tel Aviv para observação e cuidados.
O segundo grupo, formado pelos últimos 13 reféns com vida, entrou em território israelense cerca de três horas depois. Entre eles estão Nimrod Cohen, capturado em um tanque nas proximidades da fronteira; Rom Braslavski e Bar Kupershtein, sequestrados durante o festival Nova; e Evyatar David, Maxim Herkin, Elkana Bohbot, Segev Kalfon e Yosef Haim Ohana, também raptados no mesmo evento. O grupo incluiu ainda os argentinos Ariel e David Cunio, o israelense Matan Zangauker e Eitan Horn, sequestrado enquanto visitava o irmão.
Com a entrega dos reféns à Cruz Vermelha Internacional, Israel confirmou que não há mais sequestrados vivos em poder do Hamas. Permanecem na Faixa de Gaza 28 corpos, cuja devolução parcial deve ocorrer ainda nesta segunda. Autoridades israelenses acreditam que o Hamas não conseguirá localizar todos os corpos devido à destruição provocada pelos combates. A libertação marca um avanço significativo nas negociações mediadas pelos Estados Unidos, que seguem empenhados em garantir o cumprimento total do acordo.