
O influente jornal americano The Wall Street Journal publicou neste domingo um editorial contundente sobre o caso do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins. O texto denuncia que registros falsos de entrada nos EUA foram usados para rotulá-lo como risco de fuga e mantê-lo preso por meses, mesmo depois de comprovada sua permanência no Brasil.
A matéria ressalta que o documento fraudado — o formulário I‑94 da CBP — apresentava nome incorreto, passaporte cancelado e inconsistências graves com dados oficiais. Apesar das evidências, Alexandre de Moraes continuou até hoje a citar esse registro falso para justificar a prisão de Martins. O jornal pede que Martins seja libertado imediatamente.
Diante dessa distorção institucional, o WSJ questiona: quem falsificou esses registros nos EUA para manter um crítico de Lula atrás das grades? A pergunta aponta para uma possível interferência política dentro da Alfândega americana, com motivações brasileiras contrárias a Bolsonaro.
Além de defender a libertação de Filipe, o editorial também solicita que Donald Trump autorize uma investigação formal nos EUA para apurar quem inseriu, removeu ou editou o registro de entrada no sistema da CBP. O objetivo é demonstrar transparência, corrigir erros e restaurar os direitos civis violados.
O caso ganhou visibilidade após a defesa de Filipe protocolar pedidos à administração de Trump, incluindo acesso aos metadados do sistema e representação criminal contra eventuais responsáveis. Parlamentares americanos também foram mobilizados para reforçar a urgência da apuração.
Para conservadores no Brasil, a revelação reafirma a tese de que o lawfare continua a operar com força institucional, e que o STF usa ferramentas questionáveis para silenciar opositores. A pressão internacional pode servir como trunfo no combate à narrativa dominante e para exigir justiça imediata.