
O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota neste sábado em que lamenta e classifica como “injustas” as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes. A decisão americana incluiu a primeira-dama do ministro na lista de pessoas atingidas por restrições diplomáticas e financeiras.
Na manifestação, a Corte alegou que as autoridades norte-americanas teriam sido “convencidas por uma narrativa que não corresponde aos fatos”. O tribunal ainda insistiu que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria respeitado “o devido processo legal, o amplo direito de defesa e a total publicidade”.
O comunicado foi além e tentou legitimar a perseguição política, afirmando que “a quase totalidade da sociedade reconhece a importância histórica de um julgamento e punição por uma tentativa de golpe de Estado”. O STF disse ainda que “se já havia injustiça na sanção a um juiz pela sua atuação independente, ainda mais injusta é a ampliação para um familiar”.
Na prática, o recado é claro: o STF não admite críticas, e qualquer contestação é taxada como injustiça. Porém, ao incluir familiares de Moraes, os EUA sinalizam que não acreditam na versão oficial da Corte e que enxergam abuso e perseguição política disfarçados de “justiça”.
O episódio mostra como a imagem internacional do Brasil se deteriorou. A corte que deveria zelar pela Constituição virou alvo de desconfiança global, enquanto a sociedade brasileira assiste ao teatro de blindagem de ministros que agem como se fossem intocáveis.