
Com a aprovação da PEC das Prerrogativas no Congresso, cresce a expectativa em torno do próximo passo: a possibilidade de o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar o Projeto de Lei da Anistia. Antes, no entanto, Motta deve tentar avançar com a chamada PEC da Isenção de Luz de Lula, numa clara tentativa de agradar tanto à base governista quanto à oposição, equilibrando forças dentro do plenário.
A estratégia pode incluir uma jogada arriscada. Caso a votação da PEC da luz provoque tumulto, Motta pode alegar desordem e suspender a sessão, manobra que enrolaria a oposição e atrasaria o debate da anistia. Nos bastidores, falam em ameaças, emendas e até ligações de ministros do STF, fatores que podem alterar votos decisivos e colocar em risco a aprovação da medida.
O consórcio de forças governistas deve atuar de forma coordenada para derrubar o texto da anistia. Por isso, líderes da oposição alertam para a necessidade de mobilização imediata, especialmente nas redes sociais, onde a batalha paralela deve ser tão importante quanto o embate dentro do plenário.
A aposta é que a militância levante no X (antigo Twitter) a hashtag #AnistiaJá, pressionando parlamentares e expondo o desejo popular de corrigir as injustiças contra os condenados de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Brasil pode viver um dia histórico para a política nacional, com a vitória da anistia ampla, ou pode assistir a mais uma manobra do sistema para adiar indefinidamente a reparação das perseguições. A decisão está prestes a ser escrita, e o povo terá papel decisivo.