
A expectativa cresce em torno do possível encontro entre Lula e Donald Trump durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A ida do petista gera tensão na esquerda, já que existe o temor de que o presidente brasileiro seja enquadrado publicamente pelo chefe da Casa Branca, que tem endurecido críticas contra os abusos do Judiciário brasileiro e a perseguição política contra Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, a primeira-dama Janja já se antecipou e desembarcou em Nova York. Porém, ao contrário do habitual, não ficou em hotel de luxo. Optou por se hospedar na embaixada brasileira, o que levantou especulações sobre medo de protestos ou riscos à segurança. A decisão chamou atenção, já que Janja sempre se mostrou adepta de confortos durante viagens oficiais.
Outro ponto que causa constrangimento é a situação dos vistos da comitiva presidencial. Alexandre Padilha já perdeu o visto, em razão do escândalo do programa Mais Médicos, e Lewandowski só obteve permissão restrita para a Assembleia, sem direito de circular livremente pela cidade. Isso demonstra o clima de hostilidade dos EUA contra membros do governo Lula, que têm sido alvo de sanções e restrições diplomáticas.
Tradicionalmente, o Brasil abre a Assembleia, mas há expectativa de que Lula adote o tom agressivo e ideológico que costuma utilizar em seus discursos, atacando Trump e defendendo posições polêmicas, como a aproximação com regimes autoritários e simpatia por grupos como o Hamas. Dessa vez, porém, ele terá que falar com Trump sentado na primeira fileira, de frente para ele.
A professora Paula Marisa resumiu bem o momento em live no Jornal do JCO: “Quem acha que nada está mudando, está enganado. O mundo está vendo o que acontece no Brasil, e Lula terá que enfrentar a realidade, cara a cara com Trump”.