
Carla Ariane Trindade, ex-nora de Lula, foi exonerada de cargo que exercia na Prefeitura de Hortolândia. A saída ocorreu na quinta-feira (13), conforme documento oficial da administração municipal, enquanto avançam investigações da Polícia Federal sobre supostas irregularidades em contratos de educação que envolvem seu nome.
A exoneração foi formalizada pela Portaria nº 3062/2025, supostamente atendendo a pedido da própria servidora, que ocupava a função de Diretora de Departamento na SMAGP – Departamento de Almoxarifado e Patrimônio, sob matrícula 13362000.
A PF investiga Carla na Operação “Coffee Break”, que apura possíveis fraudes na liberação de recursos do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O foco das investigações é a empresa Life Tecnologia Educacional, que manteve contratos com prefeituras paulistas, incluindo Hortolândia.
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Segundo apurações policiais, a Life movimentou cerca de R$ 70 milhões em acordos com municípios do interior de São Paulo. Durante buscas realizadas pela PF, agentes apreenderam celular, computador e documentos na residência de Carla em Campinas.
Documentos obtidos pelos investigadores mostram que Carla era identificada pelo codinome “Nora” em comunicações internas da empresa sob investigação, referência à sua relação familiar com Lula.
Relatórios da investigação indicam que ela teria atuado como intermediadora junto ao MEC e ao FNDE para facilitar a liberação de verbas federais para a Life Tecnologia Educacional. As autoridades apontam que Carla realizou viagens a Brasília com o objetivo de pressionar pela liberação desses recursos.
O vínculo familiar de Carla com Lula se deu por meio de seu casamento de quase duas décadas com Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do atual presidente.
A Prefeitura de Hortolândia não emitiu declaração oficial sobre as circunstâncias do pedido de exoneração. A defesa de Carla informou que aguardará acesso integral aos autos do processo antes de se manifestar sobre as acusações.
Jornal da cidade
