O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a devolução de seu voto no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão. O motivo oficial seria a realização de “ajustes gramaticais” no texto antes da publicação do acórdão, documento que formaliza a decisão e inicia o prazo para recursos.

Nos bastidores, porém, a solicitação de Fux ganhou forte repercussão política, já que ele foi o único ministro a votar contra a condenação de Bolsonaro. Seu voto técnico e detalhado, com mais de 400 páginas, desmontou a narrativa de tentativa de golpe sustentada pela maioria da Corte. Fontes próximas afirmam que o ministro teria solicitado o retorno do texto também para reforçar trechos que tratam da falta de provas concretas contra o ex-presidente.

Durante a leitura de seu voto, que durou 13 horas, Fux afirmou de forma categórica que “não se pode confundir discurso político com crime de golpe”, e que manifestações, entrevistas ou críticas ao sistema eleitoral não configuram atos executórios capazes de abolir o Estado de Direito. Segundo ele, o caso de Bolsonaro reflete uma mera inconformidade com o resultado eleitoral, e não uma ameaça real à democracia.

A posição de Fux tem sido vista como um ato de coragem dentro de um tribunal cada vez mais alinhado ao governo petista e ao discurso de censura. Sua manifestação técnica e independente ressaltou a ausência de provas e reafirmou o princípio fundamental de que ninguém pode ser condenado por opinião.

A devolução do voto, ainda que justificada como ajuste formal, é interpretada por aliados de Bolsonaro como um gesto simbólico de resistência dentro do STF. O magistrado, segundo interlocutores, pretende garantir que cada linha de sua decisão fique registrada de forma irretocável para a história — um contraste com a pressa e o viés político que marcaram o julgamento.

By Jornal da Direita Online

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