
A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) cancelou neste domingo (14) um evento que teria a participação do escritor e historiador Eduardo Bueno, após a repercussão negativa de um vídeo em que ele aparece comemorando o assassinato de Charlie Kirk, influenciador conservador e aliado de Donald Trump, morto a tiros na última quarta-feira (10) nos EUA.
No vídeo, depois apagado pelo Instagram, Bueno chegou a dizer que era “terrível um ativista ser morto por ideias, exceto quando é Charlie Kirk”. Em outro trecho, ironizou: “Mataram o Charlie Kirk. Ai, coitado, tomou um tiro. Tem duas filhas pequenas, que bom para as filhas dele, né”. As declarações geraram repúdio imediato e críticas até de antigos seguidores.
Após a exclusão da gravação, Bueno voltou às redes sociais alegando ter sido vítima de censura: “Mas onde está a liberdade de expressão tão defendida pela extrema direita? Estou sendo censurado! Espero que os EUA invadam logo o Brasil para me defender!”. No entanto, a reação foi de indignação, com usuários classificando as falas como desumanas e repugnantes.
Em nota oficial, a PUCRS anunciou a rescisão do contrato de locação e informou que o evento não fazia parte da programação institucional. A universidade destacou: “Reforçamos nosso compromisso com a liberdade de expressão, mas repudiamos qualquer manifestação contrária à vida e à dignidade humana, reafirmando que tal postura não condiz com nossa cultura nem com nossos valores institucionais”.
O evento “Brasil: Pecado Capital” tinha ingressos vendidos entre R$ 100 e R$ 200, mas já não consta mais nas plataformas de venda online. Enquanto isso, Bueno enfrenta uma onda de críticas em todas as redes: no Facebook, os comentários seguem ativos, com usuários cobrando retratação, e no Instagram, a opção de comentários foi desativada em suas últimas postagens.