O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) reagiu com firmeza ao asilo concedido pelo governo brasileiro à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Condenada por corrupção e lavagem de dinheiro junto com seu marido, Ollanta Humala, Nadine desembarcou em Brasília nesta quarta-feira (16), trazida em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O caso provocou indignação.
Para Moro, o episódio é mais um exemplo da conivência do governo Lula com criminosos de estimação do PT.
Em publicação nas redes sociais, o ex-juiz federal comparou o caso de Nadine ao do terrorista Cesare Battisti, que também foi acolhido no Brasil por decisão petista. “Lula tem uma queda por bandidos”, disparou o senador.
Moro afirmou que o asilo político oferecido à ex-primeira-dama peruana fere a credibilidade internacional do Brasil. “Estamos mais uma vez dando abrigo a condenados pela Justiça, transformando o país em refúgio de corruptos”, escreveu. A crítica ecoou entre parlamentares da oposição, que também acusam o governo de abuso diplomático.
A chegada de Nadine Heredia ao Brasil foi articulada por figuras próximas ao PT e defendida por nomes ligados ao grupo Prerrogativas. Ela recebeu salvo-conduto do governo peruano após alegar questões de saúde, e agora pretende se estabelecer em São Paulo. A oposição, no entanto, questiona a legalidade e os interesses por trás do asilo.
Para Moro, o recado é claro: o Brasil virou porto seguro para quem desvia recursos e usa o discurso de perseguição política como escudo. “O povo brasileiro não pode aceitar que nosso país vire esconderijo de corruptos condenados”, concluiu. As críticas só aumentam, e a pressão internacional sobre o governo Lula promete crescer.

Na Itália, Cesare Battisti, ex-integrante de grupo armado atuante nos “Anos de Chumbo” italianos, período marcado por instabilidade e violência política entre os anos 1960 e 1980, foi condenado em 1993 à prisão perpétua pelo crime de terrorismo e pelo homicídio de quatro pessoas.
No entanto, ele chegou ao Brasil em 2004, e, em 2010, a Itália pediu a extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas negada pelo então presidente Lula (PT), no último dia de seu segundo mandato. Por fim, o italiano foi entregue à Itália, após ser preso por agentes da Interpol na Bolívia. Lula alegou que se arrependeu de ter dado asilo a Battisti e, em 2021, pediu desculpas “ao povo italiano”, conforme informações do Poder360.