
O PT na Câmara voltou sua artilharia contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em plena escalada de desgaste do ministro Alexandre de Moraes após as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra ele e sua família. O ataque foi formalizado nesta segunda-feira (22) pelo deputado Alencar Santana (PT-SP), vice-líder do governo, que protocolou uma proposta de mudança no Regimento Interno da Câmara.
A medida tem como alvo direto Eduardo Bolsonaro, que desde março está em solo norte-americano e foi escolhido em 15 de setembro como líder da minoria, em substituição à deputada Caroline de Toni (PL-SC). O PL baseou-se em uma regra antiga que permite a líderes justificarem suas próprias ausências, evitando assim risco de cassação por faltas sucessivas.
O texto apresentado pelo PT prevê que, em casos de afastamento não autorizado, a Mesa Diretora possa encaminhar diretamente ao Conselho de Ética a suspensão do mandato. Na prática, seria uma forma de retirar Eduardo da liderança e, ao mesmo tempo, fragilizar seu mandato parlamentar. O movimento ocorre justamente no momento em que o deputado vem denunciando perseguições políticas e ligando Moraes às sanções impostas pelos EUA.
Além disso, a proposta petista inclui alterações no Código de Ética, criando punições específicas para parlamentares acusados de realizar atos “atentatórios à soberania nacional”. A brecha abre espaço para enquadrar falas e posicionamentos de Eduardo Bolsonaro contra o atual regime, criminalizando sua atuação política no exterior.
O episódio deixa evidente a tentativa do PT de manipular regras internas da Câmara para calar opositores e enfraquecer a família Bolsonaro. Em vez de respeitar a pluralidade política, a esquerda aposta em perseguições regimentais, revelando sua dificuldade em lidar com críticas e expondo um projeto cada vez mais autoritário