O Partido Liberal (PL) vai anunciar nesta terça-feira (16) qual será o destino do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A licença de 120 dias concedida a ele terminou, mas o parlamentar não retornou dos Estados Unidos, onde está desde março. A partir de agora, suas ausências estão sendo registradas como faltas injustificadas, o que pode gerar processo por quebra de decoro e até perda do mandato.
Eduardo justificou sua permanência fora do país com compromissos pessoais e políticos, mas afirma que não volta ao Brasil por temer perseguição judicial. O Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de seus bens e contas bancárias, aumentando a pressão sobre o deputado. Ele alega que, se desembarcar em solo brasileiro, corre o risco de ser preso arbitrariamente.
A situação criou um impasse político e jurídico. De um lado, a Câmara precisa aplicar o regimento interno, que prevê punições para faltas não justificadas. De outro, o PL tenta proteger o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro diante de um ambiente cada vez mais hostil contra opositores de Lula.
O anúncio será feito em coletiva de imprensa às 15h no Salão Verde da Câmara, com a presença de Carol De Toni (PL-SC), líder da Minoria; Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL; e Zucco (PL-RS), líder da Oposição. O partido promete uma posição firme, que pode definir não apenas o futuro de Eduardo, mas também os próximos passos da oposição no Congresso.
A decisão acontece em um momento em que a esquerda pressiona para isolar e enfraquecer a família Bolsonaro, enquanto a base conservadora enxerga no caso mais um capítulo da perseguição política comandada pelo STF.