
O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar o pedido de investigação sobre possíveis fraudes no INSS, que atingia o ex‑ministro Carlos Lupi, o atual titular da Previdência, Wolney Queiroz, e o ex‑presidente do órgão, Alessandro Stefanutto. A motivação foi a ausência de indícios concretos e individualização da conduta, segundo decisão oficial.
A representação havia sido protocolada pela senadora Damares Alves, que acusava o trio de prevaricação diante do escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias. Entretanto, Gonet concluiu que o material apresentado não foi suficiente para levar ao Supremo Tribunal Federal, especialmente por se tratar de autoridades com foro privilegiado — requisito exigido para tramitação naquela instância.
O procurador ressaltou ainda que já existe uma investigação em curso perante a Primeira Instância Federal no DF, o que reforça a decisão de arquivamento. Nesse sentido, afirmou que somente com indícios claros de participação ativa dos citados é que o processo poderia chegar à Corte Suprema, o que não foi comprovado.
Críticos classificaram a decisão como uma forma de “cortina de fumaça”, enquanto especialistas jurídicos denunciaram a rapidez da análise e alertaram para o risco de impunidade quando o método de apuração exige provas robustas. Mesmo assim, a investigação não está encerrada completamente, pois segue em andamento na esfera policial.