O relatório da Polícia Federal (PF) que embasou o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chega a um nível que beira o absurdo: a corporação insinuou que o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria ligado a uma suposta “ação coordenada” para tumultuar processos. A acusação, porém, não se sustenta em provas e já é vista como mais um exemplo do aparelhamento da PF sob o comando de Alexandre de Moraes e Lula.

O caso teve início em 10 de julho, quando o advogado Jeffrey Chiquini, defensor de Filipe Martins — ex-assessor internacional de Bolsonaro —, protocolou um mandado de segurança legítimo no STF. A peça questionava decisões de Moraes no processo da chamada “trama golpista”, apontando andamento acelerado e veto a testemunhas da defesa. No sorteio eletrônico, a relatoria coube justamente a Mendonça.

Dois dias depois, Eduardo Bolsonaro enviou mensagens a seu pai comentando que havia uma “oportunidade de mudar a relatoria” e que Mendonça poderia se tornar relator em plenário caso aceitasse o mandado de segurança. Para a PF, isso seria prova de articulação criminosa. Na realidade, trata-se apenas de uma análise política e processual, sem qualquer indício de ilegalidade.

O detalhe mais grave do relatório é que a própria PF admite não haver provas de que Mendonça tivesse ciência de qualquer suposta intenção dos investigados. Ainda assim, a corporação incluiu seu nome em um contexto que gera constrangimento institucional. Para o deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), esse episódio mostra que a PF de Moraes e Lula chegou a investigar um ministro do STF, algo que ele classifica como um escândalo gravíssimo para a democracia.

By Jornal da Direita Online

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