A tradicional revista The Economist, conhecida por sua firme defesa do Estado de Direito e pela rejeição ao flerte com ditaduras, não poupou críticas ao presidente Lula em sua última edição. Com um editorial devastador, o periódico britânico desmascarou a política externa petista, que, sob o rótulo de “não alinhamento”, caminha cada vez mais de mãos dadas com regimes autocráticos mundo afora. A publicação critica a retórica brasileira e destaca o contraste entre o discurso diplomático e os atos concretos do governo.
Apesar das tentativas do Itamaraty de se mostrar neutro, como ao tentar suavizar a atuação dos Brics, os gestos de Lula gritam mais alto: posar ao lado de Vladimir Putin no Dia da Vitória ou condenar os EUA por atacar instalações nucleares iranianas revelam um alinhamento ideológico inegável. Enquanto as democracias do Ocidente se posicionam de forma clara, o governo brasileiro opta pelo relativismo moral, flertando com tiranias e apostando numa diplomacia que beira o delírio.
O golpe mais duro, no entanto, foi direto ao ego do petista: The Economist afirmou que Lula não tem o peso político que imagina ter no cenário internacional. Uma afirmação que escancara a realidade — mesmo Donald Trump, com seu estilo direto, raramente cita o Brasil como ator relevante em seus embates globais. Para um governo movido a marketing e vaidade, essa verdade foi uma ferida aberta.
A reação veio na forma de uma carta do chanceler brasileiro, uma verdadeira tentativa desesperada de salvar a imagem do chefe. Falou-se de “direito internacional” e até de “negacionismo climático”, vindo justamente de quem quer explorar petróleo na Margem Equatorial. A carta ainda tentou transformar Lula num humanista global, digno de um Nobel da Paz — um exagero risível diante da realidade apontada pela revista.
No fundo, a carta confirma exatamente o que o editorial acusou: Lula vive num universo paralelo, alimentado por marqueteiros como Sidônio Palmeira, onde basta repetir que o presidente é “grande” para que todos acreditem. Mas como bem mostra a Economist, a realidade sempre bate à porta — e, no caso de Lula, chegou com força, desmoralizando sua política externa e expondo um governo desconectado do mundo livre.