
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o petista Luiz Inácio Lula da Silva conversaram por cerca de 30 minutos em uma videoconferência realizada na manhã desta segunda-feira (6). O diálogo foi descrito como “cordial”, mas o resultado foi desastroso para o governo brasileiro. Trump deixou claro que deseja um encontro pessoal, mas com uma pauta firme e sem concessões — exatamente como ele costuma agir em negociações internacionais.
Durante a conversa, Lula pediu a revisão da sobretaxa de 40% aplicada por Washington sobre produtos brasileiros. O petista tentou convencer o americano de que o “tarifaço” prejudica a economia nacional e compromete as exportações. O pedido, no entanto, não sensibilizou Trump, que respondeu com uma decisão estratégica: designou o secretário de Estado Marco Rubio para tratar diretamente do assunto com Geraldo Alckmin, Mauro Vieira e Fernando Haddad.
A escolha de Rubio, conhecido por sua postura dura contra regimes de esquerda, é vista como um recado direto ao Planalto. O secretário é considerado o maior carrasco da esquerda latino-americana, defensor da liberdade e do livre mercado, e crítico ferrenho de Lula e do PT, a quem chama abertamente de corruptos. O gesto de Trump deixou claro que o Brasil não terá tratamento especial enquanto mantiver alinhamentos ideológicos com ditaduras e governos autoritários.
Fontes próximas à Casa Branca afirmam que Trump quer que Rubio pressione o Brasil por medidas de transparência e pela abertura de mercado, além de exigir garantias sobre a neutralidade política nas relações comerciais. Lula, que esperava uma conversa amigável e diplomática, saiu da videoconferência enfraquecido e em completa desvantagem.
O encontro pessoal entre os dois líderes deve ocorrer nas próximas semanas, mas o clima de desconfiança é evidente. Enquanto Trump se mostra cada vez mais disposto a impor respeito e proteger os interesses americanos, Lula tenta desesperadamente reconstruir pontes que ele próprio queimou ao se aproximar de China, Venezuela e Cuba.