
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, protagonizou mais um episódio polêmico que expõe a desconexão da cúpula do Judiciário com os desdobramentos globais envolvendo o Brasil. Durante viagem a Miami no início de julho, Barroso recusou um encontro com o jornalista Paulo Figueiredo, figura estratégica e conhecida por sua influência direta nas articulações políticas do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
Segundo Paulo Figueiredo, um amigo em comum teria sugerido a conversa, prontamente aceita pelo jornalista. A recusa partiu exclusivamente de Barroso, que perdeu a oportunidade de abrir um canal de diálogo em meio à maior crise diplomática da história recente do STF, marcada pelas sanções da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes e o isolamento internacional que ameaça atingir outros ministros da Corte.
A postura do presidente do STF contrasta com o momento delicado vivido pelo tribunal, acusado mundialmente de censura, perseguição política e violação de direitos humanos. Para analistas, negar uma conversa com um interlocutor influente nos Estados Unidos é um erro estratégico grotesco, que demonstra arrogância e falta de visão institucional, num momento em que a reputação do STF está em queda livre.
Vale lembrar que Barroso construiu sua carreira como advogado de causas polêmicas, inclusive prestando serviços de defesa para um notório terrorista internacional, e agora recusa diálogo com um jornalista que poderia esclarecer aos EUA os abusos cometidos pelo Supremo contra a oposição política no Brasil. A decisão só reforça a imagem de um STF fechado, elitista e distante do povo, que prefere blindar ministros acusados de autoritarismo a buscar entendimento com quem expõe a verdade fora do país.
Em meio ao cerco internacional e às novas possíveis sanções contra outros membros do tribunal, a recusa de Barroso entra para a lista de erros crassos da Suprema Corte, que parece mais preocupada em manter privilégios e evitar questionamentos do que restabelecer a confiança nacional e internacional no Judiciário brasileiro.