
Uma investigação publicada nesta segunda-feira (4) pelo site norte-americano Public revelou o que pode ser o maior escândalo judicial da história recente do Brasil. Os jornalistas Michael Shellenberger, David Ágape e Eli Vieira tiveram acesso a documentos confidenciais que apontam a existência de uma estrutura paralela e clandestina operando dentro do STF. Segundo o material, o objetivo era claro: perseguir apoiadores de Jair Bolsonaro após os protestos de 8 de janeiro.
A força-tarefa, que atuava à margem da lei, rotulava cidadãos como “positivos” simplesmente por usarem verde e amarelo, criticarem Lula ou questionarem a legitimidade das eleições de 2022. Mensagens obtidas em grupos de WhatsApp de magistrados mostram a intenção deliberada de prender brasileiros com base em critérios ideológicos: “Vamos dar a cada um o que merece: prisão!”, dizia uma das mensagens atribuídas à equipe.
Os relatórios produzidos por esse grupo não eram compartilhados com a defesa nem com o Ministério Público, violando o devido processo legal. Pior ainda: o STF teria acessado de forma ilegal o banco biométrico do TSE, violando frontalmente a Constituição Federal. Juristas renomados como Marco Aurélio Mello e Ives Gandra Martins já apontaram que essa conduta representa um ataque direto ao Estado de Direito e uma afronta ao sistema de garantias jurídicas do país.
O advogado e comentarista Dr. Luan Amâncio fez uma análise minuciosa da denúncia em uma live que já está repercutindo nas redes. Ele classificou o escândalo como uma “nova Vaza Toga”, desta vez com provas documentais e envolvimento direto do STF em ações ilegais contra brasileiros. O caso gera forte repercussão entre parlamentares, juristas e movimentos de direita que agora exigem investigação internacional urgente.