
A situação no Supremo Tribunal Federal segue delicada após a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes pelos Estados Unidos. Embora a Corte tenha publicado uma nota oficial em defesa do ministro, a manifestação não contou com apoio unânime dos demais integrantes do tribunal, revelando um racha interno em meio à crise internacional que expõe a atuação do STF.
Segundo informações de bastidores, alguns ministros evitaram assinar ou endossar o texto, avaliando que a declaração poderia aumentar a tensão diplomática com Washington e reforçar a percepção de que o STF atua de forma corporativista para blindar Moraes, acusado de censura política, abuso de autoridade e perseguição a opositores. A nota acabou sendo divulgada como posição institucional da Corte, mas não refletiu consenso absoluto entre os magistrados.
A falta de unanimidade demonstra que o peso das sanções impostas por Donald Trump abalou a cúpula do Supremo, que agora teme novas medidas contra outros ministros, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, já citados por Washington como possíveis alvos de futuras punições. Internamente, parte dos ministros entende que o STF deveria baixar o tom e tentar conter o desgaste internacional, enquanto outra ala prefere reagir com ataques ao governo americano.
A crise expôs o Supremo como uma instituição fragilizada e isolada, que perdeu prestígio externo e vê sua imagem internacional ruir diante das denúncias de violações de direitos humanos e supressão de liberdades fundamentais no Brasil. A nota de apoio a Moraes, longe de fortalecer a Corte, acabou revelando divisões e insegurança nos bastidores, em um momento em que o país enfrenta tarifaço de 50% e crescente isolamento diplomático.