Nome de Lula para a presidência do PT é condenado

Uma verdadeira “turma da pesada” acompanha Lula da Silva nos bastidores do poder. O nome escolhido por Lula para assumir a presidência nacional do PT, Edinho Silva, acaba de ser condenado por ato doloso de improbidade administrativa. A decisão reforça a imagem de que o partido segue blindando figuras já desgastadas por escândalos de gestão.

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Edinho, que foi prefeito de Araraquara (SP) por quatro mandatos, violou o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ainda em seu primeiro governo, iniciado em 2001. Segundo a sentença, ele assumiu compromissos financeiros nos últimos oito meses de seu mandato em 2004 sem ter garantias de disponibilidade financeira para quitá-los, prática expressamente proibida pela legislação.

O histórico de Edinho à frente da prefeitura não é dos mais exemplares. Embora tenha ocupado o cargo quatro vezes, a condenação atual refere-se apenas ao seu primeiro mandato. No entanto, o Ministério Público já investiga se ele voltou a cometer as mesmas irregularidades durante o encerramento de sua última passagem pela prefeitura, que terminou em dezembro de 2024.

Mesmo diante da condenação, Edinho tentou manter seu grupo político no poder. Em 2024, liderou uma campanha para eleger sua ex-secretária de Saúde, Eliana Honai (PT), como sucessora. A tentativa foi marcada por um esforço desesperado para garantir a continuidade da gestão petista, mas acabou derrotado nas urnas, revelando o desgaste da imagem do ex-prefeito na cidade.

A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara ao vedar que gestores públicos assumam despesas nos últimos dois quadrimestres do mandato sem a devida garantia de pagamento. O artigo 42 busca proteger a saúde financeira dos municípios e impedir que administrações deixem dívidas para seus sucessores, respeitando princípios de responsabilidade e transparência.

A condenação de Edinho Silva, justamente no momento em que Lula tenta relançá-lo em posição de destaque no PT, evidencia o desprezo do partido pela seriedade na gestão pública. Mais uma vez, fica claro que o projeto petista continua atrelado a práticas que desrespeitam a responsabilidade fiscal e que colocam interesses políticos acima da ética na administração.