
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira (7) que apresentou o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Comitê Nobel da Paz.
Netanyahu entregou a carta de indicação durante um jantar na Casa Branca, ocasião em que os dois líderes discutiram a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza.
O premiê israelense exaltou o papel de Trump na construção de entendimentos “em muitos países, mas especialmente no Oriente Médio”, atribuindo ao republicano esforços decisivos para diminuir tensões históricas na região.
— É mais do que merecido, você deveria receber esse prêmio — declarou Netanyahu ao formalizar o apoio.
A menção pegou Trump de surpresa; ainda assim, o presidente norte-americano agradeceu e ressaltou o peso do gesto: “Vindo de você, isso significa muito”.
Esta não foi a primeira vez que o nome de Trump chegou à mesa do Comitê Nobel em 2025: no dia 21 de junho, o governo do Paquistão protocolou indicação em reconhecimento à trégua costurada entre Islamabad e Nova Déli; dias depois, o congressista Buddy Carter enviou outra carta de apoio.
Pelas regras da Fundação Nobel, candidaturas podem ser apresentadas por governos nacionais, parlamentares e outras figuras autorizadas.
Trump, que se propôs a buscar o fim da guerra na Ucrânia, já afirmou diversas vezes que merece o Nobel — tanto quanto, ou até mais do que, Barack Obama, laureado em 2009. Ele cita como credenciais sua mediação em crises entre Israel e Irã; Índia e Paquistão; República Democrática do Congo e Ruanda; além do contencioso entre Egito e Etiópia.