
O Ministério Público de Tarija, na Bolívia, apresentou nesta terça-feira (21) a acusação formal contra Evo Morales pelo crime de tráfico qualificado de pessoas, o que significa que o juiz do processo deve marcar uma data para o início do julgamento do ex-presidente.
A procuradora departamental de Tarija, Sandra Gutiérrez, informou que se chegou a esta instância do processo penal contra Morales após ter realizado uma análise “minuciosa” de todas as provas e relatórios recolhidos durante a fase preparatória.
– Vamos aguardar o que estabelece o procedimento penal para que, uma vez que o juiz analise tudo isso, ele tenha que encaminhar ao tribunal correspondente para que marque o dia e a hora para que o julgamento oral seja realizado – disse Gutiérrez em entrevista coletiva.
Ela destacou que a investigação que começou “no final de setembro do ano passado culmina hoje com uma acusação formal”.
Em outubro de 2024, Gutiérrez emitiu um mandado de prisão contra o ex-presidente, posteriormente confirmado por um tribunal de Tarija, por supostamente ter um filho com uma menor de idade enquanto era presidente da Bolívia, em 2016.
No início deste ano, um tribunal declarou Morales em rebeldia, depois que o político não compareceu duas vezes, alegando doença, a uma audiência que deveria resolver a acusação contra ele por tráfico agravado de pessoas.
Por causa do caso, os apoiadores do ex-presidente bloquearam rodovias para evitar sua prisão em 2024, e Morales não saiu desde outubro de 2024 do Trópico de Cochabamba, seu reduto político e sindical, onde permanece protegido por centenas de seus aliados.
*EFE