
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a realizar, neste sábado (18), um almoço em comemoração aos 15 anos de sua filha mais nova. O ápice da humilhação praticada por Moraes.
O evento ocorrerá na residência onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde agosto deste ano.
A decisão permite a entrada de nove convidados previamente listados pela defesa. Entre eles estão seis integrantes do grupo de orações liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além da senadora Damares Alves — madrinha da aniversariante — e do maquiador Agustin Fernandez.
Em seu despacho, Moraes determinou que “todas as visitas devem observar as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas, bem como serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”. A medida visa garantir o cumprimento rigoroso das condições impostas pela prisão domiciliar.
Carlos Bolsonaro soltou o verbo:
“O Brasil chegou a um ponto inimaginável.
O último Presidente da República, eleito por mais de 58 milhões de brasileiros, é mantido sob prisão ilegal, massacrado diariamente pela imprensa e pela máquina estatal, impedido até de exercer o direito mais básico: viver com tranquilidade ao lado da própria família.
Jair Bolsonaro, hoje, precisa pedir autorização ao STF para comemorar os 15 anos da filha.
O homem que já governou uma nação inteira sem um caso de corrupção e jamais desobedecendo uma lei, agora depende de “benevolência” judicial para celebrar a vida da própria filha adolescente.
Mas talvez o mais revoltante não seja apenas a perseguição – e sim o silêncio cúmplice da chamada “direita permitida”, que prefere assistir calada à corrosão da democracia para preservar cargos, verbas e aparências.
Enquanto um homem é punido por existir, os que deveriam defendê-lo se acomodam na zona de conforto do oportunismo.
E assim o Brasil se acostuma à injustiça, como se fosse normal ver um pai impedido de abraçar a filha em nome da “lei”.
Não há neutralidade quando a liberdade é destruída.
Há apenas covardia disfarçada de prudência – e um país inteiro pagando o preço por isso.”