
O ministro Alexandre de Moraes voltou a tomar decisão contrária à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em despacho recente, Moraes rejeitou os pedidos da equipe jurídica do capitão, que buscava adiar a ação penal relacionada aos eventos pós-eleição de 2022. Para o ministro, não há motivo para alterações no cronograma do processo.
A defesa de Bolsonaro alegou que ainda não teve acesso a todas as provas e que seria justo aguardar o depoimento de testemunhas ligadas a outros núcleos da investigação. Moraes, no entanto, ignorou os argumentos e determinou que o depoimento de Bolsonaro siga conforme o calendário. A audiência ocorrerá na próxima segunda-feira, 9 de junho.
Aliados do ex-presidente classificaram a decisão como mais uma “prova de parcialidade” e reforçam que Moraes atua como “acusador, juiz e executor” do processo. Eles denunciam que Bolsonaro é vítima de perseguição política e que o STF atropela garantias fundamentais em nome de uma narrativa fabricada.
A tensão aumenta com a proximidade do interrogatório, que deve atrair atenção nacional. Bolsonaro já afirmou que irá ao depoimento com serenidade, mas não aceitará provocações ou intimidações. Para ele, o Judiciário está sendo instrumentalizado por forças políticas que querem afastá-lo de 2026.
Nos bastidores, cresce a pressão contra o que muitos chamam de “lawfare” contra conservadores. O caso Bolsonaro x Moraes será um divisor de águas para a democracia: ou se reafirma o devido processo legal, ou a justiça passa a operar sob ideologia.