
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo que investiga o ex-assessor Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar informações internas ligadas ao próprio gabinete do Supremo Tribunal Federal.
A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Tagliaferro teria compartilhado documentos e dados restritos de investigações conduzidas pelo ministro, o que gerou grande repercussão política e jurídica. Mesmo sendo diretamente envolvido no episódio, Moraes manteve-se no comando da relatoria, decisão vista como um claro conflito de interesse.
A defesa de Tagliaferro chegou a solicitar a substituição da relatoria, alegando que o ministro não teria condições de julgar um caso que o atinge pessoalmente. O pedido foi negado pelo próprio STF, e Moraes continua conduzindo o inquérito.
Nos bastidores, a situação é tratada como mais um exemplo de concentração de poder e falta de limites institucionais, em um tribunal que deveria dar o exemplo de isenção. O episódio reacende o debate sobre a necessidade de freios e contrapesos dentro do Supremo.