O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), comunicou ao presidente Lula sua intenção de deixar o cargo. A conversa ocorreu por telefone e durou cerca de uma hora, mas ambos decidiram retomar o assunto em uma reunião marcada para esta sexta-feira (19). A decisão de Sabino segue o ultimato dado pelo presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, que exigiu sua saída imediata.

Rueda havia acusado o governo de vazar informações sobre seu suposto envolvimento em investigações da Polícia Federal ligadas ao PCC, o que teria intensificado o desgaste com o Planalto. Apesar de negar qualquer ligação com irregularidades, o dirigente endureceu a posição contra Lula e determinou que o ministro deixasse a pasta em até 24 horas. Sabino, no entanto, tenta adiar sua saída até novembro, quando o Brasil sediará a COP30, evento estratégico para sua pasta.

Atualmente, Sabino é o único ministro da Esplanada filiado formalmente ao União Brasil. Outros nomes ligados ao partido, como Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico Siqueira (Comunicações), foram indicações de Davi Alcolumbre, mas não são filiados, o que reduz a pressão direta sobre eles. A crise, contudo, expõe novamente o mal-estar da sigla com o governo petista.

Essa não é a primeira ruptura. Em abril, o deputado Juscelino Filho (União-MA) deixou o Ministério das Comunicações após denúncias de uso irregular de emendas parlamentares — acusações que ele nega. O Planalto tentou emplacar Pedro Lucas (União-MA), mas a direção do partido vetou a indicação. O episódio mostrou que Lula não tem controle sobre a legenda, que já atua em clima de desconfiança dentro da base.

Com a saída prevista, Celso Sabino deve reassumir seu mandato de deputado federal pelo Pará, fortalecendo a bancada do União Brasil na Câmara. A crise também reforça a imagem de fragilidade política de Lula, que vê sua aliança com o partido se deteriorar em meio a disputas internas, pressões por cargos e acusações de traição.

By Jornal da Direita Online

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