
Durante o seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou dois nomes ao Supremo Tribunal Federal (STF): Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Ambos, segundo o jornalista Igor Gadelha, teriam feito previsões reservadas sobre o desfecho do julgamento que envolve o ex-presidente na chamada “trama golpista”.
De acordo com relatos, os dois ministros acreditam que o colega Luiz Fux deve divergir do relator Alexandre de Moraes, mas que não pedirá vista do processo — o que poderia adiar a conclusão e abrir espaço para novos debates. A análise deles, no entanto, é de que o resultado já está definido, e que a condenação de Bolsonaro é praticamente inevitável.
Essa percepção revela o cenário preocupante que se desenha: o ex-presidente estaria condenado antes mesmo de ser efetivamente julgado. Nos bastidores, cresce a crítica de que o processo não se sustenta como um julgamento justo, mas sim como uma decisão política já tomada, em meio a pressões internas e externas contra Bolsonaro.
A possível condenação, que já é dada como certa por ministros da própria Corte, reforça a sensação de que o STF está agindo para selar um resultado previamente construído, em vez de oferecer um julgamento imparcial. Para aliados de Bolsonaro, trata-se de mais uma prova da perseguição em curso contra o ex-presidente, enquanto figuras da esquerda seguem blindadas diante da Justiça.