Um médico cubano participante do programa Mais Médicos revelou que recebia R$ 2.900 mensais no Brasil, mas desconhecia que o governo de Cuba recebia R$ 11.400 pelo seu trabalho. Ele afirmou que “o que o Brasil pagava para o médico, a gente não sabia que era aquele valor”. A declaração foi feita em entrevista publicada nas redes sociais, gerando repercussão imediata. Trata-se de mais uma denúncia sobre a forma de remuneração dos profissionais cubanos no Brasil. A discrepância exposta reforça críticas ao modelo do programa.

O relato reforça indícios anteriores de que apenas uma fração do valor pago pelo Brasil era recebida pelos médicos, enquanto o restante era retido pelo regime de Cuba. Estima-se que o governo cubano ficava com até 70% dos recursos destinados aos profissionais. A descoberta por parte dos médicos é considerada surpresa, gerando indignação por parte dos próprios envolvidos. A diferença entre o valor contratado e o efetivamente recebido tem sido alvo de críticas de entidades de direitos humanos e da sociedade civil. O efeito simbólico é forte: revela uma assimetria injusta na remuneração.

O Mais Médicos, lançado em 2013, foi executado via OPAS, que repassava os recursos ao governo cubano, e este, por sua vez, pagava apenas parte aos médicos. O modelo visava suprir a falta de médicos em áreas remotas do país, mas a execução gerou críticas sobre transparência e ética. O sistema de contrato intermediado dificultava que os profissionais tivessem total noção do valor real destinado a eles. A proteção dos direitos trabalhistas ou a clareza na remuneração não eram observadas. O episódio expõe fragilidades na governança do programa.

Atualmente, o programa se encontra descontinuado em sua versão com médicos estrangeiros e foi reformulado para priorizar profissionais brasileiros, inclusive com revalidação de diplomas exigida. Editais recentes do Mais Médicos para o Brasil já não contemplam o modelo praticado com Cuba, com foco em transparência e remuneração direta. A nova versão busca evitar pontos de criticidade como os expostos pelo médico entrevistado. O caso reafirma a necessidade de protocolos claros de contratação e pagamento, especialmente em programas públicos.

By Jornal da Direita Online

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